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5º Acampamento Nacional


Local: Benfica

Data: 30 de agosto a 9 de setembro de 1938 (comemoração dos 25 anos da Associação de Escoteiros de Portugal)



Este AcNac decorre numa época em que o ambiente nos Serviços Centrais da Associação estava bastante crispado, não só pela divisão entre os dirigentes, mas também pela hostilização de que eram alvo, os grupos e respetivos dirigentes, por parte dos comandantes locais da Mocidade Portuguesa. Esta organização, de carácter milicial, dirigida às camadas mais jovens da população, era de frequência obrigatória e utilizada pelo Estado Novo para transmitir, de forma, mais ou menos subtil, a sua doutrina.

A hostilidade com os escoteiros reflete-se nos cerca de 30 grupos no ativo que albergavam os 600 escoteiros que existiam nessa altura em Portugal.



Apesar das dificuldades, a Região Centro, conseguiu reunir os escoteiros na Quinta da Fonte, em Benfica, entre 30 de agosto a 9 de setembro de 1938. A organização ficou ao cargo do Comissário Geral Franklin d´Oliveira.


Responsáveis pelo acampamento:

Chefe do Acampamento: Franklin d’Oliveira

Chefe dos Escoteiros: Franklin d’Oliveira

Chefe de Lobitos presentes: João Madeira Leitão

Chefe dos Caminheiros: João Clímaco do Nascimento

Chefe do Museu de Trabalho de Campo: José Nobre Santos

Grupos participantes: todos os grupos de Lisboa, muitos do Porto, Algarve e Madeira.


O número de escoteiros presentes e a qualidade da atividade, fez com que fosse classificada como Acampamento Nacional. Destes dias também ficou na memória a luta para combater a quantidade de formigas que partilhavam o seu dia com todos os participantes.


Aproveitando a presença dos dirigentes no acampamento, realizou-se a 4 de setembro a VII.ª Conferência Nacional de Dirigentes, com o objetivo de encontrar soluções que permitissem ultrapassar a crise que a AEP enfrentava. Foram feitas eleições para os órgãos associativos, tendo sido eleitos, para presidente da Associação, o Dr. Francisco Cortez Pinto e para Presidente da Comissão Executiva, o Dr. Alfredo Tovar de Lemos. Para Comissário Geral foi indigitado Franklin de Oliveira, um nome pouco consensual.



A situação da AEP continuou difícil. Muitos dirigentes ausentaram-se… mas o escotismo manteve viva a sua chama.

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