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9º Acampamento Nacional


Local: Caparica

Data: 21 a 31 de agosto de 1964


O 9º ACNAC da AEP decorreu em agosto de 1964, no Campo Escola da Caparica, espaço cedido aos Escoteiros de Portugal para a pratica escotista e formação dos seus dirigentes.

Este acampamento foi designado “ANAJU” por ter sido planeado para 1963, ano em que se comemorava o Jubileu da Associação (1913/1963). A abertura oficial foi no dia 23 de agosto, com o içar das bandeiras e a mensagem do chefe de campo, José M. Nobre Santos.


A abertura oficial foi no dia 23 de agosto, com o içar das bandeiras e a mensagem do chefe de campo, José Maria Nobre Santos.






Estiveram presentes as três Regiões do Continente, a Região dos Açores, e uma delegação com sete membros do Grupo do Dondo (Beira, Moçambique), num total de 350 escoteiros.

O acampamento foi subdividido em três subcampos:

• “Macau”, dirigido pelos Chefes Eduardo Xavier e Idílio Gonçalves, composto pelos grupos nºs 1, 2. 5, 7 e 8 da Região Centro, nºs 4, 15, 17 do Porto e nºs 41, 44 e 91 de V.N. de Gaia;

• “Fundadores”, dirigido pelos chefes Armando Jaime Soares e Luís Valente de Mattos, integrando os grupos nºs 9, 10, 12, 13 14 16 da Região Centro e nºs 6, 59 60 e 77 da Região Sul;

• “Continuadores”, dirigido pelos chefes Pedro Maria Lopes e José Marçal Correia, integrando os grupos nºs 20, 53, 79, 85, 94 de Lisboa, 93 de Sintra, 84 do Entroncamento, 52 de Angra do Heroísmo, 45 da Horta, 60 de Ponta Delgada e ainda o grupo do Dondo-Moçambique.


O dia 24 foi um dia de festa, com a inauguração oficial do Parque Nacional de Escotismo da Caparica (PNEC), um espaço para acolhimento dos escoteiros e realização de atividades diversas.

O Presidente da AEP corta a espia que, simbolicamente, vedava a entrada no campo.


Durante o acampamento, foi elaborada uma atividade específica para o Clã, divisão na altura bastante débil, uma vez que Portugal estava há 3 anos em guerra com as colónias, pelo que, nesta faixa etária, os rapazes tinham que cumprir serviço militar obrigatório e eram, muitas vezes, mobilizados para a guerra em África. Ainda assim, estiveram em campo 13 elementos, divididos em duas equipas.

Numa época decadente, o escotismo procurava com estas atividades uma forma de justificar a sua existência e de apoio moral para continuar.


Para uma melhor compreensão desta época, reproduz-se um excerto de um artigo publicado no Sempre Pronto, em outubro de 1964:

Curiosidade: Para este acampamento foi selecionada a «Marcha do ANAJU», um original, com letra e música de Manuel Tacão Monteiro, atualmente a comemorar o seu 102º aniversário de vida, recebendo o então chefe e companheiro da Fraternal, um prémio no valor de 600§00 (a 3 euros).



Fontes: Jornal «SP» nºs: 231 de julho; 232 de agosto e 233/234 de setembro/outubro de 1964

Circulares nºs 8 e 9 dos Escoteiros de Portugal, respetivamente de 20 de agosto e 25 de outubro de 1964

“Um relance de Olhos Sobre o ANAJU”, de Luís Valente de Mattos, out. 1964


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