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11º Acampamento Nacional


Local: Costa da Caparica (PNEC)

Data: 14 a 23 de agosto de 1970


A inauguração oficial deste acampamento foi realizada no domingo, dia 16 de agosto, pelas 16.00 horas, com a presença de diversas entidades oficiais e dirigentes da AEP.


Após a cerimónia de abertura e o cântico dos hinos...


..., procedeu-se à entrega de várias insígnias e medalhas a escoteiros e dirigentes.


Finda a Cerimónia, efetuou-se uma visita ao acampamento, enquanto se realizava um exercício de salvamentos.


O EC Geral Tengarrinha Pires, à direita na foto O Subsecretário da Juventude e Desportos

inicia com as entidades oficiais uma visita ao ao centro da foto, tendo à sua direita o ECG-

Acampamento. -Adjunto, Eng. J. M. Nobre Santos.


Em campo estiveram 333 elementos:

Lobitos 17

Escoteiros 170

Caminheiros 37

Dirigentes 62

Elementos do CNE 17

Elementos da MP 24

Antigos Escoteiros 6


Marcaram presença elementos dos grupos: 19-Pontinha; 8-Lisboa; 23-Queluz; 14-Algés; 93-Sintra; 16-Carcavelos; 5-Lisboa; 15-Porto; 94-Lisboa; 7-Lisboa; 44-Gaia; 20-Lisboa; 36-Luanda; 17-Porto; 4-Porto; 18-Cucujães; 9-Lisboa; 84-Entroncamento; 79-Lisboa; 91-Gaia; 6-Olhão; 27-Azambuja; 1-Lisboa; 41-Gaia; 60-V.R. de S. António; 77-Faro e o Gr. em Formação-Dondo.


Este foi o primeiro AcNac da AEP a ter:

- um programa-convite, previamente entregue a todos os participantes e entidades e jornalistas.

- um crachá com base no emblema do acampamento a partir do qual foram gravados distintivos metálicos para entregar aos participantes.

- envelopes e papel de carta, com uma gravura, para impressão de sobrescritos e papel de carta, que foram largamente usados pelos escoteiros.













Atividades de campo

Pioneirismo aplicado

Os trabalhos de pioneirismo merecem particular apreço por parte dos escoteiros. Neste AcNac o desafio foi construir uma “Catapulta” para lançamento de “projéteis”.

Apresentaram-se a concurso 5 equipas, que tiveram de preparar o material necessário, para dar execução ao trabalho de pioneirismo, e depois, proceder ao lançamento dos “projéteis”, que não eram mais do que troncos de árvores, previamente calibrados, com idêntico peso.

A classificação foi a seguinte:

1º MP; 2º Nc. Gaia; 3º Nc. Algarve; 4º Equipa A Lisboa e 5º Equipa B Lisboa


Demonstração de salvamentos

Durante todo o ano de 1970, numerosos Caminheiros de Lisboa haviam participado nos cursos de salvamentos e de socorristas, que eram ministrados pela Defesa Civil do Território.

Neste sentido, não podia faltar uma demonstração de salvamentos, durante o período das cerimónias de inauguração. Duas equipas de Caminheiros procederam a uma mostra de atividades para preparação e transporte de “feridos”.


A arte do escoteiro é uma atividade através da qual os grupos demonstram o seu grau de aptidão técnica. A imagem mostra uma fase do exercício de socorrismo, na qual os escoteiros dão provas dos seus conhecimentos técnicos colocados ao serviço dos outros, uma das características do Movimento Escotista.




Competições desportivas

No programa estava previsto alternar as competições desportivas com outras atividades nos subcampos, competições escotistas e gincanas de patrulhas. Nas competições, destacaram-se os dois torneios de Voleibol e de Futebol de Salão.

Os pódios foram obtidos por:

Voleibol (- 15 anos): 1º MP; 2º Gr.15-Porto; 3º Gr. 23-Queluz;

Voleibol (+ 15 anos) . 1º MP; 2º Algarve; 3º Gr. 19-Pontinha;

Futebol de Salão (- 15 anos): 1º MP; 2º Gr.94-Lisboa; 3º Grs Porto;

Futebol de Salão (+ 15 anos): 1º MP: 2º gr. 91-Gaia; 3º Gr. 23-Queluz.


Excursão típica de 2ª classe

Foram constituídas diversas Patrulhas e a cada uma foi distribuída uma fotocópia de uma carta topográfica à escala 1/50 000, um programa do trajeto a efetuar a pé num percurso de 12 Km, e das tarefas ou pesquisas a realizar que incluíam observações da natureza, procura de rochas, de vegetais ou de animais, pegadas, obtenção de dados sobre a região e de algumas atividades humanas, croquis, desenhos, panorâmicas, etc.


Fogos de Conselho

Foram realizados dois: O primeiro, na segunda-feira, e o outro no sábado à noite. A direção dos “Fogos” ficou a cargo do EC Armando Inácio, do Gr. 94.


Atividades de tempos livres

A inclusão das ATL num ACNAC representou outra inovação, mas que não cabalmente compreendida por parte dos escoteiros e dos dirigentes.


Visitas de Estudo e passeios

Destacam-se as visitas a Lisboa (Belém, Jerónimos, Museu de Marinha, Parque de Monsanto, Jardim Zoológico e o Castelo de S. Jorge) e Palmela, Sesimbra, Cabo Espichel, Serra da Arrábida e Setúbal.


Concluídos os trabalhos, o Chefe do XI AcNac, deixou a seguinte mensagem:

O XI ACNAC terminou, Que juízo poderemos fazer dele? Terá sido aquilo que se esperava?

Cada um responderá por si, mas julgo poder afirmar-se que regressaremos todos aos nossos lares com a certeza de que recordaremos com saudade os dias que aqui passámos.

Trabalhou-se, houve que resolver dificuldades, mas conseguimos realizar trabalho que foi, em grande percentagem, profícuo para o rapaz, para o Movimento e para o País.

Poderia ter havido mais animação e uma melhor atuação em alguns sectores, mas eu julgo que houve um desejo geral de cumprir e de esforço no sentido de se atingiram os objectivos do acampamento: Pôr à prova a capacidade dos rapazes, dar-lhes estímulos de progressão e criação de novas amizades. Neste ultimo aspeto cabe-me referir, muito especialmente, a presença e ótima colaboração da delegação da MP que esteve connosco, a presença de bastantes elementos do CNE e ainda a satisfação que nos deu a vinda do representante dos Escoteiros do Brasil.

A terminar, quero desejar que todos voltem a suas casas desejosos de virem a um novo Nacional.”












Fontes:

Jornais «Sempre Pronto» n.ºs 301-Maio, 303-Julho, 304-Agosto e 305/306-Set/Out, todos de 1970;

Jornal de Campo do XV ACNAC

XI ACNAC-Notas do que foi-J.M. Nobre Santos

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